Outro relato de uma leitora e suas fotos

O Relato:
Durante muito tempo sofri com dor por causa do meu joanete, mas sempre adiei a idéia de fazer a cirurgia pq eu sempre li na Internet que a dor e o pós-operatório essa horríveis. Mas cheguei ao ponto que eu não conseguiria mais adiar pq andar se tornou uma tarefa muito difícil, então se normalmente eu já sentia dor, decidi enfrentar meus medos e me submeter a uma cirurgia para correção do meu problema.
Minha operação ocorreu em Janeiro de 2011 no Pronto Socorro das Fraturas em João Pessoa-PB e o cirurgião foi o Dr. Renato Queiroz. A cirurgia durou 1h30min, a anestesia foi raquiana com sedação. Eu tive que ficar de jejum por algumas horas, mas como a minha operação foi às 14:30, eu pude tomar um café da manhã leve sem problema. Cheguei ao Pronto Socorro pela manhã, quando se aproximou do horário da cirurgia, a enfermeira trouxe uma roupa esterilizada para q eu a vestisse e fosse levada de maca, para a sala de cirurgia. Chegando lá, fios foram colocados no meu corpo para monitorar os meus batimentos e o anestesista me deu a sedação. Depois disso, eu só me lembro de acordar, após a cirurgia, no quarto do hospital.
Ao acordar notei que foi feita uma imobilização com gaze e algodão no meu pé e minha perna, a imobilização estendia-se até o meu joelho. A enfermeira colocou 2 travesseiros para manter o meu pé alto. Fiquei tomando soro e vários medicamentos na veia por 2 dias. Por precaução e para evitar que eu pudesse sentir dor em casa, o médico preferiu me manter no hospital em observação por 2 dias.
Fiquei sem poder colocar o pé no chão por uma semana, e quando eu sentava, precisava manter minha perna erguida, durante esse período eu usei uma cadeira de rodas para manter minha perna esquerda sempre para cima. Eu usava dois banquinhos para tomar banho, eu sentava em um e apoiava minha perna no outro, pq mesmo protegendo o curativo com um saco, a água acabava escorrendo para dentro e molhando a gaze. Como os moveis da minha casa não possibilitavam que eu me locomovesse livremente com a cadeira de rodas, fiquei em meu quarto durante 7 dias.
Após essa primeira semana, fui ao médico novamente para trocar o tipo de imobilização, agora, apenas a parte frontal do pé seria imobilizada com gesso, deixando o meu calcanhar livre para que eu pudesse pisar no chão. Eu passei a usar uma sandália que tinha um solado grosso e era fechada por duas tiras com velcro. É importante para quem tem ou teve joanete, usar calçados cujos solados são duros, usar sapatos flexíveis pode agravar ainda mais o nosso problema. Confesso que logo que coloquei o pé no chão, isso gerou certo desconforto e incomodo no meu calcanhar pq eu havia ficado muitos dias sem colocar nenhuma pressão no pé. Mas com o passar do tempo, fui me adaptando a pisar de novo no chão e comecei a locomover-me apoiada em 2 muletas.
O método usado fazer a cirurgia foi o de Giannini, há vários sites na Internet que falam desse método, muitos têm imagens que mostram as fotos de uma cirurgia em detalhes. Para não assustar ninguém com as imagens, acho q o link abaixo é interessante, pq explica o método de Giannini, mas mostra apenas a imagem de um raio-X do pé antes e após a cirurgia. O único probleminha é q a explicação é toda em inglês.

http://www.orthosupersite.com/view.aspx?rid=18697

O procedimento basicamente é cortar o osso e depois colocá-lo no ângulo certo, um fio de metal é inserido no osso do pé, para que ele consolide no ângulo correto. Apesar de ser feia de ver, a haste metálica não causa dor alguma, eu nunca senti nenhum tipo de dor por causa da cirurgia que fiz. O corte no pé, foi pequeno, apenas 6 pontos.
Fiquei com a nova imobilização de gesso por 4 semanas, depois desse período o fio metálico e os pontos foram removidos do meu pé. Eu pensava que iria doer quando o médico fosse retirar o fio de metal, mas a remoção foi totalmente indolor. Depois disso, Dr. Renato prescreveu 10 sessões de fisioterapia. Eu fiz fisioterapia por 2 semanas seguidas, todos os dias. A fisioterapia visava devolver os movimentos aos meus dedos, já que perde-se parte da flexibilidade por causa da cirurgia. Fui ganhando flexibilidade aos poucos e após as 10 sessões, eu já havia melhorado muito. Hoje faz 3 meses, que eu fiz a cirurgia de joanete e durante muito tempo tive medo de me submeter a essa operação, mas tudo ocorreu de maneira tranqüila e eu estou muito feliz e sem dor agora.
A quem tem medo, o que eu poderia dizer é que vcs devem procurar um médico competente para fazer essa cirurgia, ter confiança no médico é fundamental para diminuir o medo. Graças a Deus, minha cirurgia foi um sucesso.
Espero ter ajudado a tirar algumas dúvidas de quem sofre com joanete e está pensando em fazer a operação. Coragem!
Seguem as fotos:



Antes

Pós cirúrgia

Retirada do fio

Com o gesso

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Relato de outra leitora, contribuindo com sua experiência!

Email que recebi da leitora:
Boa noite!
Já deixei um comentário no blog mas gostaria de deixar o relato completo da minha cirurgia. O teu blog ajudou-me imenso enquanto fazia a pesquisa para decidir se operava ou não os pés. Ler os relatos de pessoas que realmente passaram pela cirurgia e recuperação é melhor que todo e qualquer tratado de ortopedia e contribuiu em muito para que eu fosse para a clínica num total estado de tranquilidade, eu, que sou a ansiedade em pessoa!



Relato:
Tenho joanetes desde que me lembro de ser gente. Tenho fotos minhas com 3 anos em que já se notava uma "batatinha" nos pés. No meu caso é hereditário. Toda a família directa do meu pai tem joanetes, os meus primos direitos também têm e alguns primos em 2º grau também foram "agraciados" com estas "dádivas da natureza".
Como sempre tive um estilo mais alternativo e rockeiro, sempre usei calçado raso e largo (ténis, botas com biqueira de aço, chinelas) e por isso nunca senti os pés apertados ou doridos. Faço ski desde pequena e aí sim, quando calçava as botas os pés ressentiam-se, mas como era só uma semana por ano, a coisa era suportável.
No entanto, de há uns 5 anos para cá a coisa começou a piorar. Comecei a não suportar qualquer tipo de calçado fechado. Nem ténis, nem botas rasas e redondas, nada mesmo. Só andava bem no verão, com havaianas e sandálias abertas, que deixassem o pé à vontade. Mesmo que tivessem salto não me magoavam, desde que fossem abertas. Fui deixando andar, operar nem me passava pela cabeça, ouvi relatos pavorosos sobre a cirurgia e a recuperação e houve mesmo um cirurgião que não insistiu muito para que eu fizesse a cirurgia, embora me dissesse que era a minha única opção.
Como deixei andar, o pé deformou de tal maneira que o nervo ficou comprimido e fiz um neuroma de Morton. Essas dores eram quase insuportáveis, tinha que me descalçar onde quer que estivesse e o ski deixou de ser um prazer e passou a ser uma tortura.

Este ano, quando terminou o verão e eu tive que voltar a usar sapatos fechados decidi que não ia continuar a sofrer dessa maneira quando havia forma de resolver a questão. Assim, em Outubro marquei consulta num cirurgião ortopedista e fui ouvir o que já sabia: que o meu caso era para operar. Marquei exames para localizar o neuroma para que o médico pudesse tratá-lo e quando recebi os resultados fui marcar a cirurgia. Fiz uma osteotomia de Chevron e uma infiltração com prednisolona para reduzir o neuroma. Não levei parafusos, o médico estabilizou o corte com a própria cápsula da articulação.
No dia da cirurgia, dia 30 de Novembro de 2010, fui para clínica de manhã, em jejum desde o jantar do dia anterior. Estava bastante calma, o que achei estranho pois sou muito ansiosa por natureza. Fiz o internamento, tomei banho com um produto que a enfermeira me deu (devia ser um desinfectante) e vesti a bata. Fiz electrocardiograma, análises e puseram-me a soro. O médico veio ver-me perto das 14h, falámos um pouco, confirmámos qual o pé a ser operado e 2 horas depois levaram-me para o bloco operatório.
Tinha falado em fazer raquianestesia mas a médica anestesista não concordou e por isso fiz anestesia geral muito levezinha, com máscara laríngea (não fui entubada). Acordei 1 hora depois de ter "apagado", estava a entrar no quarto. A cirurgia demorou 45 minutos e correu tudo bem. O médico passou no quarto para ver como é que eu estava, mandou-me mexer os dedos (coisa que fiz sem dificuldade) e foi embora. Passadas 2 horas começaram as dores; durante meia hora arrependi-me de me ter metido naquela situação mas acho que ainda estava com o raciocínio toldado pela anestesia. Chamei a enfermeira, que me deu Nolotil, e até hoje, passados 3 meses, não voltei a tomar nada para as dores. Não dormi nada durante a noite mas também não voltei a ter dores. No dia seguinte o médico foi ver-me; mandou mexer novamente os dedos, fui fazer uma radiografia para confirmar se estava tudo bem e mandou-me para casa.
Lá saí da clínica pelo meu próprio pé, com a sandália de Barouk. Tomei antibiótico durante 7 dias e fiz injecções de heparina durante 6 dias (para prevenir tromboflebites). De resto não tomei mais nada, nem anti-inflamatórios nem analgésicos. Fiz muito gelo, pé sempre ao alto, só me levantava para ir à casa de banho e para comer. Tomava banho com um saco no pé, para não molhar a sandália nem as ligaduras. Mudei o penso ao 4º e ao 10º dias. Ao 14º dia fui tirar os pontos. Entretanto comecei a usar canadianas porque fiz uma distensão dos gémeos por andar sempre apoiada no calcanhar. Isso foi o pior da recuperação, as dores foram bem más a ponto de não conseguir dormir. Aconselho a usar sempre Barouk E canadianas.
Um mês depois voltei à consulta. Fiz nova radiografia; continuava tudo bem, apesar de o pé estar um pouco "preso" de movimentos. Tive "alta" do Barouk e comecei a pôr o pé no chão, com cuidado e sem exagerar muito. Fiquei de baixa mais 15 dias e, 2 meses depois da cirurgia, voltei a trabalhar. Ainda não consigo usar calçado sem ser Crocs, como são muito largas o pé está à vontade e consigo andar sem dores. Como aqui em Portugal é Inverno tenho que andar de sapatos fechados e isso é um pouco complicado, mas com este calçado consigo andar sem grandes problemas. Faz hoje um mês que voltei a trabalhar e a conduzir e, embora de vez em quando tenha algumas dores, não são nada comparadas com as dores que tenho no joanete do pé direito.

Estou ansiosa para operar o pé direito mas se calhar só o farei no final do ano ou no princípio do próximo. Embora para a recuperação seja melhor fazer a cirurgia no verão por causa do calçado fechado, acho que vou optar por fazer a outra cirurgia também no inverno. Psicologicamente foi muito complicado para mim ficar 1 mês e meio em casa e estava frio e neve e chuva, imagina no verão!! Fico maluquinha, de certeza! De qualquer maneira, foi uma experiência positiva, o meu pé ficou lindo e quero muito muito muito operar o outro. Não pela parte estética, que a mim nunca me incomodou, mas pelo alívio de não ter dores no pé e poder calçar botas e ténis sem sentir desconforto.

Espero que o meu testemunho possa ajudar os indecisos a decidirem-se.
Seguem as fotos:

Antes - Novembro 2010

Depois - Janeiro 2011

Depois - Fevereiro 2011

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Relato de mais uma leitora, contribuindo com sua experiência!

Depoimento

Olá! Eu fiz a cirurgia no tendão do 2° e 4° dedos, que como podem ver, ficavam em cima dos outros, e no osso do dedão que empurrava os demais. Decidi fazer nos 2 pés, apesar de todos dizerem o contrário. A cirurgia foi bem tranqüila, aplicaram uma injeção para dormir, portanto não me lembro de muita coisa, nem sei dizer se a anestesia dói. Na recuperação, não senti náuseas, dor de cabeça nem tive retenção de urina (sintomas que o anestesista informou que poderia vir a ter). No dia seguinte voltei para casa e os primeiros dias foram um tanto quanto difíceis. Sentia dores (mas eram suportáveis) e não conseguia por os calcanhares no chão, portanto dependia de alguém para tudo, não conseguia nem ir ao banheiro (nos primeiros dias usei a “cumadre” depois a cadeira de banho). Além disso, meu estômago estava péssimo por conta do antiinflamatório (apesar de tomar Omeprazol). Neste período fiquei preocupada pois achei que a recuperação iria ser mais difícil e demorada do que imaginei. Depois percebi que parte do meu mal estar era pq passava muito tempo na cama, então comecei a me esforçar para me locomover na cadeira de rodas e tentar me distrair mais. No 5° dia em casa já me sentia ótima, porém ainda não andava. Trocava o curativo 1 vez na semana. Comecei a andar no calcanhar após 20 dias da cirurgia, tive um pouco de dificuldade porque a minha perna estava fraca, mas com treino melhorou. Tirei os pontos depois de 15 dias da cirurgia e os fios de kirschner (que fixava o osso do dedão) depois de 30 dias. Após os 30 dias comecei a andar, sentia uns “choquinhos” e um pouco de dor, também inchava bastante. Hoje faz 41 dias e estou andando bem melhor, tanto que o médico não receitou fisioterapia. O importante é que valeu a pena!









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Voltei

Olá pessoal!

Quero pedir desculpas pela minha ausência.
Tenho muitas experiências que recebi por email, para postar aqui.
Por motivos pessoais estou tirando algumas fotos dos meus pés do blog, mas enviarei por email para quem me pedir.

Um forte abraço!
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